Produtores de Irecê estão substituíndo o plantio do feijão por tomate


Os agricultores de Irecê, um imenso território composto por dezenas de cidades, são extremamente criativos e persistentes na luta contra as adversidades. Seja as vindas do céu que é bem ruim de chuva, seja as vindas das políticas governamentais.

O caderno rural do jornal A Tarde (28/01/2008) publicou uma matéria do jornalista Juscelino Souza, sobre o espaço que vem ocupando o tomate na região de Irecê:

As plantações de tomate estão ocupando parte das terras férteis de Irecê, onde um dia brotou uma cultura que imortalizou a cidade como "Capital do feijão". Mesmo longe de ocupar o espaço reservado ao carro-chefe da agricultura regional, com mais de 200 mil hectares de feijão, o tomate - produzido em 2 mil hectares - mostra força nos últimos anos, sendo que em 2007 foi o produto agrícola que ma gerou divisas para o município.

Outro texto consta:

"A falta de interesse aqui era muito grande, por isso distribuímos as mudas de bandeja (plantadas em caixas de isopor) de graça e hoje temos capacidade de produção de 2,5 milhões de mudas por vez, graças à nossa estufa" - explica o produtor viverista Rogério da Silva Dourado.

Rogério, o pioneiro em tomaticultura na região, recorda que há 10 anos não se falava em tomate por causa da alta produtividade e lucratividade geradas pelo feijão:

"A realidade agora é outra. A seca reduziu a cultura do feijão em mais de 70% e ainda continua castigando o que restou. Agora a região é a maior produtora de tomade da Bahia, uma das maiores do Nordeste, produzindo o ano inteiro", comemora.

Acho que está na hora do governo apoiar os agricultores de uma forma mais realista. Por exemplo, do mesmo modo que o governo federal anistiou dívidas de vários países para com o Brasil, poderia também anistiar dívidas dos nossos compatriotas que plantam, empregam e sofrem continuamente por falta de uma política agrícola.

Comentários