Sou o sertão de Irecê
Com toda circunvizinhança
Deixo aqui o meu lamento
Cheio de muita esperança.
Grande sertão semi-árido,
Lutando para viver,
Os sertanejos atônitos
Estão me vendo morrer.
Na ganância por dinheiro,
A prioridade é o feijão.
As chuvas estão escassas,
E não há mais produção.
Em nossa microrregião
Não se encontra uma mata.
Não existe sensibilização,
Só boa vontade não basta.
Os poderes constituídos
Não tem política ambiental.
Ignoram que a natureza
Seja o fator primordial.
O desmatamento abusivo
Torna a chuva inconstante
E o sertão outrora farto
Hoje chora agonizante.
Meu solo rubro agoniza,
Morre a fauna, morre a flora.
A extinção da caatinga
Me dilacera, me desola.
Jackson Rubem e outros
Escritores, poetas diversos,
Vivem a chorar comigo
Em contos, prosas e versos.
Peço socorro a todos
Neste grande festival.
Às ONGs e autoridades,
E ao povo em geral.
Assinado Irecê
Município da Bahia
Vocês são testemunhais
De toda a minha agonia.
Com toda circunvizinhança
Deixo aqui o meu lamento
Cheio de muita esperança.
Grande sertão semi-árido,
Lutando para viver,
Os sertanejos atônitos
Estão me vendo morrer.
Na ganância por dinheiro,
A prioridade é o feijão.
As chuvas estão escassas,
E não há mais produção.
Em nossa microrregião
Não se encontra uma mata.
Não existe sensibilização,
Só boa vontade não basta.
Os poderes constituídos
Não tem política ambiental.
Ignoram que a natureza
Seja o fator primordial.
O desmatamento abusivo
Torna a chuva inconstante
E o sertão outrora farto
Hoje chora agonizante.
Meu solo rubro agoniza,
Morre a fauna, morre a flora.
A extinção da caatinga
Me dilacera, me desola.
Jackson Rubem e outros
Escritores, poetas diversos,
Vivem a chorar comigo
Em contos, prosas e versos.
Peço socorro a todos
Neste grande festival.
Às ONGs e autoridades,
E ao povo em geral.
Assinado Irecê
Município da Bahia
Vocês são testemunhais
De toda a minha agonia.
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