História do Catolecismo em Irecê - Trocaram o padroeiro rico por um pobre (II)

Continuação da parte I

O espertalhão arranjou um outro São Domingos bem menor que o original doado por Tertuliano Cambui. Retirou todos os ricos pertences do São Domingo original e guardou para si. Depois retornou de Salvador com o segundo São Domingos, que até hoje existe na capela e é, absolutamente, pobretão.

Além do padroeiro da cidade ter sido trocado por outro, é provável também que o sino não seja mais o que foi doado originalmente por Tertuliano Cambuí. Segundo informações que obtive dos mais velhos, o sino original era bem poderoso.

Seu som podia ser escutado a quilômetros de distância daqui. Quem estava na baraúna, por exemplo, distante mais de uma légua de Irecê, ouvia o sino tocando naquela época. Atualmente, o som é bem mais fraco, ouvido apenas por quem está próximo da Igreja.

Donald Pierson em seu livro "O homem no Vale do São Francisco", Tomo II, página 85, assim escreveu acerca da igreja, na sua forma mais primitiva:

“Em frente a uma igreja diminuta no centro da grande praça de Irecê, ergue-se um enorme cruzeiro de madeira, mais alto do que o próprio templo…”

(Fonte: livros do escritor Jackson Rubem: Irecê: História Casos e Lendas; Irecê, Um Pedaço Histórico da Bahia; Irecê, A Saga dos Imigrantes); O Aniversário de Irecê; Brasileiros Pré-Cabralianos (Brazilians Before Cabral), publicado em Inglês e Português.

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