A Bahia já pode exportar banana para a Argentina

A Bahia, maior estado produtor de banana do país, já está apta a exportar para a Argentina. Segundo determinação do Mercosul, nos requisitos fitossanitários para comercialização de banana entre os países integrantes do bloco, é exigido um laudo que ateste a ausência do Bradinothrips musam. Este laudo passará a ser emitido por técnicos da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri).

“Agora os produtores de banana terão a oportunidade de ampliar seu mercado também para a Argentina. A exportação para o Mercosul estava em risco, por não existirem técnicos habilitados para a emissão deste laudo”, afirmou o diretor de Defesa Sanitária Vegetal da Adab, Cássio Peixoto.

Técnicos da Adab participaram de um treinamento para identificação de pragas existentes na cultura da banana. O curso foi ministrado pelo Laboratório de Taxonomia do Setor de Entomologia da Universidade de São Paulo, em Piracicaba (SP).

Segundo Peixoto, as barreiras sanitárias, embora imponham resistências para importação, quando superadas, representam um importante reforço para a competitividade comercial dos produtos agropecuários. No caso das barreiras fitossanitárias, o objetivo é proteger as plantas e as frutas de doenças e pragas.

Agricultura familiar

A produção de banana na Bahia está concentrada na agricultura familiar, que representa 60% dos produtores. O estado produz 1,28 milhão de toneladas/mês em cerca de 85 mil hectares. O maior pólo produtor de banana na Bahia fica no município de Bom Jesus da Lapa, que possui 530 hectares de banana do tipo cavendish, exportando 240 toneladas/mês. A previsão é que o município amplie sua área de plantio para 1.500 hectares, visando atender à demanda da exportação.

Outros importantes pólos produtores de banana do estado a serem beneficiados são os das regiões cacaueira e extremo sul. Na microrregião composta pelos municípios de Gandu, Wenceslau Guimarães, Tancredo Neves, Teolândia, Piraí do Norte, Nova Ibiá e Itamari, são 14 mil hectares cultivados, com uma produção de 35 mil toneladas/ano, gerando cerca de 14 mil empregos diretos e 20 mil indiretos.

“O cultivo de banana vem dando um novo impulso à economia baiana, reduzindo a dependência do cacau. Com a adoção de novas técnicas, em parceria com a Adab, EBDA, Embrapa e Ceplac, estamos melhorando a qualidade do produto e atingindo novos mercados”, afirmou Renato Dias, integrante do Comitê Gestor de Complementação de Renda da Região Cacaueira/Regional Gandu.

ras/om

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