Congresso sobre mamona na Bahia recebe inscrições de trabalhos científicos

Estão abertas as inscrições para apresentação de trabalhos científicos dirigidos ao III congresso brasileiro de mamona, sobre produção e aproveitamento da oleaginosa. O congresso, lançado nesta terça-feira (15), na Fundação Luís Eduardo Magalhães, pelo governador em exercício, Marcelo Nilo, vai ser realizado de 4 a 7 de agosto próximo, em Salvador. Outras informações podem ser obtidas no www.cnpa.embrapa.br/cbm/trabalhos.html.

O congresso será promovido em parceria pela Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e vai reunir representantes de indústrias, do agronegócio, da comunidade científica e de governos de diversos paises da América Latina e outros continentes.

Segundo o chefe geral da Embrapa, Napoleão Esberard, a Bahia é responsável por 90% da produção nacional de mamona e vai sediar o congresso devido aos bons resultados obtidos tanto na produtividade como na pesquisa do beneficiamento da oleaginosa. “O estado é o epicentro da mamona no hemisfério sul, tem tradição no cultivo e já desenvolveu duas variedades adaptadas para a região, a BRS Paraguaçu e a BRS Nordestina”, apontou Napoleão.

Para o chefe adjunto de negócios tecnológicos da Embrapa, Liv Severino, a Bahia tem papel fundamental no beneficiamento da planta. Ele avalia que as instituições do estado, como a EBDA e as universidades, já têm uma tradição muito grande na geração de tecnologia e pesquisa com o biodíesel. “Há máquinas projetadas aqui que são usadas no país inteiro”, informou.

Produção

A Bahia possui aproximadamente 140 mil hectares dos 170 mil plantados no Brasil com a oleaginosa. Segundo o secretário da Agricultura, Geraldo Simões, a meta é chegar a 400 mil hectares nos próximos quatro anos. “O agricultor conta com o governo para pesquisa, assistência técnica e apoio inclusive na garantia de compra e de preço”, afirmou. Simões disse ainda que a Seagri está substituindo o caroço de mamona usado para o plantio e que tem uma baixa produtividade por semente melhorada da planta.

O superintendente de Políticas do Agronegócio, Eujácio Simões, disse que dois hectares plantados com mamona representam uma pessoa a mais trabalhando na agricultura familiar. Segundo ele, “cada hectare produz cerca de 880 quilos e a mamona está com preço bom quando vendida in natura. A saca que custava R$ 25 há um ano está valendo até R$ 60”, contabilizou.

Energia e Ricinoquímica

O III Congresso Brasileiro da Mamona vai abordar a temática “Energia e Ricinoquímica”, discutida em fóruns reunindo especialistas nacionais e internacionais e em mesas redondas.

Haverá também a apresentação de painéis, cultivares, mini-cursos, trabalhos técnicos e científicos e demonstração de máquinas.

Na oportunidade, serão promovidas conferências sobre “O biodiesel como elemento de sustentabilidade energética”, “Fortalecimento da agricultura familiar na cadeia produtiva da mamona” e “A mamona no contexto do Brasil e do mundo”.

Grr/af

Comentários