Índios do interior da Bahia expõe seu artesanato na Praça da Sé, em Salvador

Até sexta-feira (18), a Praça da Sé, no Centro Histórico, estará mais colorida e enfeitada. Trinta barracas com colares, pulseiras, utensílios domésticos e decorativos compõem a 2ª Feira de Artesanato Indígena, realizada pelo Instituto Mauá, unidade da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). Participam do evento, as etnias Kaimbé, Kariri, Kantaruré, Kiriri, Pankararé, Pataxó, Pataxó hã hã hãe, Tumbalalá, Tupinambá, Tuxá, Xuxuru-Kariri.

Lourival Kiriri, 55 anos, que veio acompanhado de mais quatro índios da tribo, no município de Banzaê, no nordeste da Bahia, revela que as feiras produzidas pelo Mauá são uma das poucas formas que eles têm de vender seus produtos. O índio conta que o artesanato é a principal fonte de renda da tribo. “Lá em casa, todo mundo trabalha com artesanato. Quando a gente não está na roça está fazendo as peças”, diz.

As norte-americanas Ruth Needleman e Elise Pechter apreciavam os produtos com o misto de encanto e curiosidade. Ruth, que vive no Brasil desde o início do ano, conta que só tinha visto esse tipo de artesanato em vídeo. “De perto é mais bonito e o interessante é ver o que se pode fazer com as coisas da natureza sem destruir o meio ambiente”, afirma.

Estimular, divulgar e valorizar o índio como artesão são os principais objetivos do evento, como explica a diretora do Mauá, Emília Almeida, informando que nesta segunda edição participam onze etnias das mais diversas regiões da Bahia.


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