Salvador Bahia tem zoológico com cara nova

O Jardim Zoológico da capital iniciou há um mês, a reforma das alas dos animais. O abrigo dos felinos é o primeiro beneficiado, com a conclusão das obras prevista para junho deste ano. A área onde vivem os 14 felinos de cinco espécies vai passar de 300 m² para 512m², proporcionando uma melhor qualidade de vida para os bichos. De acordo com a lei, o espaço estipulado para cada animal é de, no mínimo, 20m².

O Zoo, vinculado à Secretaria de Meio ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), vai investir recursos próprios da ordem de R$650 mil. A nova estrutura também possibilitará que os visitantes vejam os animais mais de perto, sem a presença das grades. Além disso, os bichos permanecerão, em determinados momentos, em pontos fora do alcance da observação do público, onde câmeras vão transmitir para monitores posicionados do lado de fora, a sua movimentação dentro das alas.

“Nós vamos mudar o conceito da visitação, com a retirada das grades e a implantação da estrutura em vidro, que vai facilitar o visitante acompanhar a movimentação dos animais”, explicou o coordenador geral do zoológico, Gerson Norberto.

Ele informa que a nova estrutura vai ser estendida a todos os setores, como o setor das aves, previsto para ser transformado num grande viveiro, com 3.200m² com 14 metros de altura e uma passarela a um metro do chão, onde os visitantes poderão ver os animais em liberdade, conhecido como walking truth.

Essas obras serão realizadas, em parceria com a iniciativa privada e a previsão é que comecem dentro de um mês e o viveiro fique pronto no fim do primeiro semestre, mesmo período do recinto dos felinos.

Hoje, o zôo conta com 1.240 animais de 135 espécies e apenas 11% são estrangeiras. A proposta é transformar o parque num zoológico com espécies exclusivamente brasileiras, valorizando também as ações de conversação ambiental realizadas pelo parque. Gerson explicou as ações de conservação são baseadas na experiência dos profissionais do zôo com os animais, analisando seu comportamento, alimentação e reprodução.

“A idéia é acompanhar esses animais e, a longo prazo, deixá-los em liberdade em áreas de preservação ambiental do estado ou até mesmo ajudar na reprodução dessas espécies, enviando material genético para reprodução artificial”, afirmou.

A coordenação do zoológico também está preparando algumas ações interativas para os visitantes do parque, como placas demonstrativas, explicando a origem e o comportamento dos animais, observação de baleias jubarte, monitores para fazer o acompanhamento das visitas, além de atividades direcionadas às excursões escolares.

O zôo recebe, anualmente, a visita de cerca de 500 escolas. Com as ações, a expectativa é que o número de visitantes, que hoje é de 25 mil pessoas por mês, passe para 40 mil.

A reforma também vai contribuir para o trabalho de reprodução de animais no parque. Em um ano foram reproduzidos, em cativeiro, 126 filhotes de várias espécies. De acordo com a coordenação do zôo, a expectativa é que tudo esteja pronto até o final deste ano.

cássia/is

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