Baianos fazem da casca de coco verde uma fonte de geração de renda

A casca do coco verde que comumente vai para o lixo, tornando-se um problema ambiental nos grandes centros urbanos, poderá ser reaproveitada na Bahia e se tornar matéria-prima para objetos domésticos, artesanato, no setor automotivo e na agricultura.

O assunto foi debatido terça-feira (6) durante encontro entre o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia, Ildes Ferreira, o diretor executivo do Closte de Turismo da Costa dos Coqueiros, Armando Holandezoz, o presidente do Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais do Estado da Bahia (Sindfibras), Wilson Andrade, e o diretor do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Bahia (Ceped), Adalberto Cantalino.

“Mais de 1.500 quilos de casca de coco vai parar diariamente no aterro sanitário, somete no município de Salvador, transformando-se num problema ambiental para nossa capital. Todo este material pode ser utilizado na geração de emprego e renda para a população, como já acontece em outros países, a exemplo da Índia e Sirilanka”, disse o secretário de CT&I, lembrando que o produto, por ter degradação lenta, pode ser um instrumento para a proliferação de mosquitos, potenciais vetores de transmissão de doenças, como a dengue.

Durante a reunião, ficou acordado que a Sect, em parceria com o Ceped e organizações locais, apoiará uma experiência piloto de beneficiamento da casca do coco em comunidades da Costa dos Coqueiros, no Litoral Norte, podendo ser o início de um grande empreendimento futuro no setor.

Estas unidades transformariam a casca em fibra, com potencial para uso em estofamento doméstico e industrial e também pó para ser utilizado como substrato agrícola. O secretário informou ainda que pretende discutir o assunto com outras secretarias, a exemplo da Indústria, Comércio e Mineração (Sicm), Desenvolvimento Urbano (Sedur), Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e Agricultura (Seagri) para uma possível ampliação do projeto.


kas/is

Comentários