Investimentos de R$ 1 bilhão no programa Territórios da Cidadania

O Programa Territórios da Cidadania terá R$ 1 bilhão para investimentos em ações de desenvolvimento econômico e social nos 60 municípios de pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em quatro territórios da Bahia. O programa foi apresentado nesta quinta-feira (8) a dezenas de prefeitos, no auditório da Secretaria Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), em Salvador.

O encontro – que também contou com a presença de secretários de Estado e representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário – serviu para a escolha de quatro representantes dos territórios baianos que assinarão o convênio para implantação do programa, nesta sexta-feira (9), junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante a solenidade na Seagri, também foi estabelecida a formação de um comitê que será integrado por representantes de diversas secretarias. “O papel do Estado é comandar esse comitê e fazer a interligação entre o governo federal e as prefeituras contempladas”, informa o secretário de Desenvolvimento e Integração Regional, Edmon Lucas.

Serão contempladas com investimentos as regiões da Chapada Diamantina (R$ 181,3 milhões), Sisal (R$ 238,4 milhões), Sul (R$ 362,2 milhões) e do Velho Chico (R$ 220 milhões), num total de 2 milhões de beneficiados . Os três principais pilares das 135 ações previstas dentro do programa são o apoio a atividades produtivas, cidadania e direitos e infra-estrutura para o combate à pobreza, sobretudo na zona rural.

Para o prefeito de Queimadas, município localizado a 359 quilômetros de Salvador, Paulo Sérgio Brandão, a iniciativa representa uma esperança para a população. A pequena cidade de 26 mil habitantes tem sua principal atividade concentrada no sisal e ele espera que sejam desenvolvidos projetos principalmente na área da agricultura familiar. Segundo Brandão metade dos moradores de Queimadas vivem no campo.

Já em Camacan, no Sul da Bahia, a situação é o inverso. Com a crise instaurada na lavoura do cacau, muita gente deixou a zona rural para viver na área urbana. De acordo com a prefeita Débora Borges, há 20 anos apenas um terço da população vivia na cidade. “Atualmente apenas 25% dos moradores estão na zona rural e isso se refletiu em aumento da criminalidade, favelização do município e empobrecimento da população”, compara.

Ogc/al

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