Portugueses vão investir 3 bilhões na Bahia

Depois de ter captado mais de R$ 2 bilhões em negócios com conglomerados empresariais portugueses (grupos Reta Atlântico, Pestana e Vila Galé), a Bahia deve contar com mais R$ 3 bilhões de investimentos privados de Portugal nos próximos três anos.

As intenções de ampliação de negócios no estado foram confirmadas no fim de semana no II Seminário de Oportunidades de Negócios Bahia-Portugal, realizado em um resort na Praia do Forte, no litoral norte da Bahia.

A área imobiliária e a de turismo são as que mais interessam aos investidores portugueses, “embora também haja intenções em ampliar os negócios no comércio bilateral”, como disse o presidente da Câmara Portuguesa de Comércio na Bahia, Eduardo Salles.

Numa promoção do governo estadual, via Promo – Centro Internacional de Negócios da Bahia, o evento, em segunda edição, registrou um aumento de 30% no número de executivos portugueses e brasileiros participantes, representando, no total, 185 empresas.

No que se refere ao comércio de produtos, as relações entre a Bahia e Portugal ainda são consideradas pouco expressivas. Segundo dados do Promo, as exportações baianas para o país representam cerca de 7% do total brasileiro. O montante de negócios comerciais com Portugal é de US$ 135 milhões, dentro do total de US$ 7,5 bilhões que envolvem as exportações baianas em geral.

“Os investimentos são mais pesados na indústria hoteleira, mas o seminário tem também esse objetivo de despertar o interesse dos empresários portugueses não só para a ampliação dos negócios imobiliários e turísticos no estado, mas para todas as grandes oportunidades que a Bahia reúne também em outros setores”, ressaltou Salles.

Ele acredita que os reflexos na balança comercial já comecem a ser notados em 2009, “até mesmo pela ampliação do número de empresas participantes do evento em relação ao ano passado”.

Estímulo

No seminário, a Câmara Portuguesa de Comércio na Bahia homenageou, com a entrega de troféus, autoridades como o governador Jaques Wagner e o embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Seixas da Costa, pelas políticas desenvolvidas pelos governos baiano e brasileiro para o aumento dos negócios entre Portugal e o Brasil, sobretudo a Bahia.

“Não se trata de uma homenagem meramente formal. No caso de Wagner, por exemplo, desde que ele foi a Portugal, logo na primeira viagem após ter assumido o governo, ele fez uma palestra sobre as oportunidades de negócios na Bahia e buscou o intercâmbio com Portugal”, explicou Salles.

Para o secretário estadual da Indústria, Comércio e Mineração, Rafael Amoedo – que representou Wagner na segunda edição do seminário –, o fato da Bahia ter adotado “regras sérias e transparentes” nas relações com os investidores, de um modo geral, tem contribuído para o bom desempenho do estado na captação de negócios.

“Nosso estado tem sido visto como um terreno fértil para se investir, porque a Bahia tem cumprido o seu papel de intermediar os negócios, dando segurança ao investidor de que agora pode contar com uma real política voltada para o desenvolvimento socioeconômico”, destacou Amoedo.


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