Assinado convênio do IMA e Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica

O Instituto do Meio Ambiente (IMA), antigo CRA, assina um convênio de cooperação técnica com o Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, nesta quinta-feira (19), às 16h, no auditório do Núcleo de Estudos Avançados do Meio Ambiente (Neama).

O convênio prevê o apoio técnico e financeiro do IMA à secretaria-executiva do comitê, representada pelo Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá). Isso significa fortalecer as ações do comitê, destinadas à promoção de políticas públicas e de atividades que impulsionem o conhecimento e a conservação da Mata Atlântica no estado.

Em contrapartida, o comitê deve ampliar a participação das comunidades locais na implantação da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica – um modelo de gestão integrada, reconhecido mundialmente e adotado em outros estados, que contribui para o desenvolvimento sustentável do bioma.

Ainda através do convênio estará assegurada a participação do comitê em eventos locais ou nacionais, apresentando propostas para a gestão ambiental da Mata Atlântica, e nas reuniões do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cepram), sempre que houver discussões relacionadas ao tema.

Fica também garantido o apoio aos sub-comitês regionais (do sul, baixo-sul e extremo-sul do estado) e à criação de outros dois, que acompanharão de perto as condições do bioma no Litoral Norte, na Chapada Diamantina ou no Recôncavo.

O Comitê Estadual é uma instância que coordena a implantação da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica na Bahia, em conformidade com as diretrizes delineadas pelo Conselho Nacional. É formado por representantes de órgãos governamentais, Ongs, comunidades tradicionais e dos setores científico e empresarial. De dois em dois anos, há eleição interna para a secretaria-executiva do comitê, hoje sob responsabilidade do Gambá.

Uma das florestas mais ricas em biodiversidade do Planeta, que abriga cerca de 20 mil espécies de vegetais e 69% dos animais ameaçados de extinção no Brasil, a Mata Atlântica foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como patrimônio da humanidade.

Em 1500, à época da chegada dos portugueses, a floresta ocupava praticamente todo o litoral do país, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, avançando pelo interior e atravessando as atuais fronteiras com o Paraguai e a Argentina. Uma área correspondente a 15% do atual território brasileiro.

Devido ao desmatamento, iniciado com a exploração do pau-brasil no século XVI, a Mata Atlântica é considerada hoje uma das florestas tropicais mais ameaçadas de extinção, restando apenas 7,6% da cobertura original. Na Bahia a situação não é diferente, mesmo com ricos remanescentes como o Parque Nacional do Descobrimento - litoral sul. Hoje, restam menos de 6% de uma área que representava 36% do território do estado.


Mas/al

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