Fábrica de farinha de mandioca será instalada em Buerarema e Ilhéus

Os cerca de 1.200 agricultores familiares do Bolsão do Maruin, área rural que engloba os municípios de Ilhéus, Buerarema, São José da Vitória e Una, associados à Cooperativa Mista dos Produtores Rurais do Sul da Bahia (Coomprus) passaram a contar, desde quarta-feira (11), com a primeira Unidade Produtiva de Farinha mecanizada. A solenidade de inauguração será às 9h, no quilômetro 13, da estrada Buararema-Aveci, na região do Santana, na divisa territorial do município com Ilhéus.

A casa de farinha foi construída pelo Conselho Regional Associativista de Buerarema e Adjacências (Crasba), com recursos de convênio com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e apoio do Território da Cidadania Litoral Sul, Ceplac, Secretaria de Agricultura da Bahia, CAR, Sebrae, Banco do Nordeste, Banco do Brasil e Prefeitura de Buerarema. Por iniciativa dos cooperados, a unidade receberá a denominação de Paulo Cunha Ramos, sociólogo, economista e co-autor do projeto, recentemente falecido.

O presidente da Coomprus, Luís Carlos Gomes Santos, afirma que a inauguração da Unidade Produtiva Paulo Ramos significa avanço no projeto de mandiocultura e na agricultura familiar na região do Maruin. “Apostamos na mandiocultura e está dando certo, pois é um projeto social e econômico muito bom pelos empregos e renda que gera e que trouxe melhores condições de vida para a nossa gente”, enfatiza, mas sem esquecer a cooperação das instituições parceiras.

As famílias envolvidas na manipulação das raízes de mandioca na Unidade Produtiva passaram por cursos de capacitação do Sebrae, incluindo Boas Práticas de Fabricação, quando foram orientadas à utilização de toucas, luvas, jaleco, óculos e outros equipamentos de proteção individual.

Além disso, também receberam noções de higiene na preparação da farinha de acordo exigências da Vigilância Sanitária. Por conta disso, a casa de farinha aguarda certificação do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O presidente da Coomprus explica que a cooperativa incentiva o desenvolvimento de novas tecnologias na mandiocultura, incluindo plantas de melhor qualidade genética. Também procura elevar a área plantada e a produtividade por hectare, que passou de oito toneladas, em 2006, para as atuais 25 toneladas. A cooperativa é reguladora de preço, agrega valor ao produto e trabalha margem de lucro melhor, algo em torno de 40%. “Antes, a receita familiar anual era de R$ 2 mil e, atualmente, varia entre R$ 2,8 mil a R$ 3,5 mil”, afirma Luis Carlos.


vas/is

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