Oito municípios do sudoeste baiano beneficiados com Pólo Florestal Sustentável

Representantes das prefeituras de Caatiba, Itapetinga, Itororó, Itambé, Itarantim, Maiquinique, Macarani e Ribeirão do Lago, no sudoeste do estado, conheceram, durante seminário, o Programa Pólo Florestal Sustentável, da Secretaria do Meio Ambiente (Sema).

O programa, já em andamento nas regiões de Jequié e Caetité, chega aos oito municípios propondo o plantio de espécies exóticas como o eucalipto, em áreas devastadas, de maneira consorciada com outras atividades rurais, a exemplo da pecuária e agricultura familiar.

A idéia é estimular o plantio de bosque energético, ampliando a oferta de madeira plantada para usos diversos, recuperando áreas desmatadas e diminuindo a pressão sobre a vegetação nativa.

Marcos Ferreira, superintendente de Políticas Florestais, Conservação e Biodiversidade, da Sema, explicou que apenas áreas já devastadas e sub-aproveitadas, com referência em imagem de satélite gerada em 2007, podem receber o incentivo do Pólo Florestal. “Não é permitida a derrubada de mata nativa para a adesão ao programa”, alertou.

A parceria com o governo busca ainda impedir que o pequeno produtor venda a propriedade, evitando o êxodo rural. De acordo dados fornecidos pela prefeitura de Itapetinga, das 400 propriedades rurais que existiam no município, restaram apenas 90.

O secretário do Meio Ambiente do Estado, Juliano Matos, explica que o Pólo dá segurança ao pequeno agricultor. “Um hectare de madeira plantada equivale a dez hectares de floresta nativa preservados, sendo que rendimento é o mesmo, mas obtido na legalidade”, contabilizou.

Adalberto Brito, professor do curso de Engenharia Florestal da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), vê no Pólo Florestal Sustentável um projeto para ‘ganhos futuros’, já que o corte e venda acontecem após alguns anos, a depender da espécie cultivada. Como avaliou, “é como se o pequeno produtor estivesse plantando uma poupança”.


mas/is

Comentários