Seminário para debater acesso ao Pronaf

Alinhar a política de concessão de crédito rural ao contexto de desenvolvimento sustentável para beneficiamento da produção, acesso ao mercado e ao serviço de assistência técnica. Essa foi a principal alternativa em consenso, apontada, nesta segunda-feira (11), durante o primeiro dia da oficina de fomento ao Pronaf, que visa diminuir a inadimplência dos agricultores junto às instituições financeiras e ampliar o acesso ao recurso. O evento termina nesta terça, no Hotel Sol Bahia Atlântico, em Patamares.

Na Bahia, aproximadamente 130 mil agricultores familiares de 122 municípios estão inadimplentes e impossibilitados de contrair novos créditos. “Além da orientação na aplicação do recurso e da melhoria e ampliação do serviço de assistência técnica, o governo está empenhado na renegociação da dívida destes produtores, garantida por meio da Medida Provisória 432, de 27 de maio, pelo governo federal”, informou o superintendente da agricultura familiar da Secretaria da Agricultura Irrigação e Reforma Agrária (Seagri/Suaf), Ailton Florêncio. As famílias têm até o dia 30 de setembro para aderir à renegociação.

O objetivo é alcançar a marca, prevista pelo Governo do Estado, de R$ 600 milhões em crédito pelo Pronaf e beneficiar cerca de 200 mil agricultores familiares e assentados da reforma agrária na próxima safra de verão. O presidente nacional da União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafs), José Paulo Crisóstomo, afirma que o crédito é indispensável para o desenvolvimento rural, além de garantir a realização do sonho dos agricultores.

“Acreditamos que o crédito acompanhado tenha um papel muito importante nesse processo, além da readequação no planejamento para o acesso à tecnologia e aumento na produção de alimentos”, declarou.

As instituições conveniadas, que agora vão poder operar com o crédito rural, vão unir esforços com o serviço público de assistência técnica oferecido pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), que já viabiliza o acesso ao recurso, por intermédio da elaboração de projetos de custeio e investimento, demandados pelo produtor. O órgão promove capacitação, elaboração do laudo e supervisão que comprova a aplicação efetiva para os agentes financeiros.



Agentes financeiros



As instituições financeiras também estão fazendo sua parte, por meio do credenciamento das entidades conveniadas e disponibilização da tecnologia do Canal Facilitador de Crédito (CFC) para as entidades conveniadas. Com a ferramenta é possível realizar o cadastro do produtor e a contratação da operação de crédito, sem a necessidade de o produtor precise ir à agência.

“Dessa maneira, buscamos o reconhecimento não só como agente financeiro, mas como fomentador do desenvolvimento rural”, declarou o representante do Banco do Brasil (BB), Antônio Marcos. A iniciativa é uma realização conjunta entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e as secretarias estadauis da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri) e de Planejamento (Seplan), além das principais instituições financeiras e do Sebrae.

ras/is

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