Um dourado que morava em Achado, ainda não conhecia Caraíbas. Mas estava com a curiosidade aguçada. Será se a água daquele lugar era boa mesmo para fazer cuscuz? A de Achado era nota dez.
Mas no mundo havia outros lugares além de Achado, lugares as vezes muito melhores, desde que a água prestasse para fazer cuscuz!
Ele pretendia mudar de Achado para outro lugar e já ouvira muito falar em Caraíbas, lugar onde havia água em abundância, verdadeiros rios subterrâneos, minando facilmente. Acontece que nem só de água vive um Dourado, de cuscuz também, prato indispensável. A água para ser boa, tem de ser boa também para fazer o prato predileto dos Dourados: cuscuz!
Um dia, o dourado de Achado encontrou diversos habitantes de Caraíbas, naquele lugar. Entre eles Aurélio José Marques, Sabino Badaró e Hermógenes. Conversa vai, conversa vem, depois de muitos copos de café engolidos, junto com deliciosos pedaços de cuscuz, o Dourado, já na hora da despedida, decidiu pedir um grande favor aos amigos:
“Gente boa, eu tô precisano muito cunhecê a água de Caraíbas. Num é prá bebê não, pois sei que é muito salgada.”
“É para quê então, homem? “ - perguntou Aurélio.
“Prá fazer cuscuz! Se a água daquele lugar for boa prá cuscuz, lá irei morar eu, se Deus quiser, e a Virgem permitir!”
Dias depois foi procurado por um morador de Caraíbas, a mando de Aurélio. Levava o morador uma cabaça cheia da água de Caraíbas.
Todo satisfeito o dourado chamou a mulher e pediu-a para fazer um cuscuz. Nem aceitou a desculpa dela, dizendo que estava perto de meio dia e tinha de fazer a comida. Disse que se o cuscuz prestasse, almoçariam cuscuz mesmo. Afinal tem comida melhor que cuscuz, mulher?
Cuscuz feito, animação geral. A água de Caraíbas dava um cuscuz de primeiro mundo!
Por causa de um só Dourado, todos levam a fama de comedores de cuscuz.
Leia a outra versão, na parte II
(Fonte: livros do escritor Jackson Rubem: Irecê: História Casos e Lendas; Irecê, Um Pedaço Histórico da Bahia; Irecê, A Saga dos Imigrantes) e Brasileiros Pré-Cabralianos (Brazilians Before Cabral), publicado em Inglês e Português.
Mas no mundo havia outros lugares além de Achado, lugares as vezes muito melhores, desde que a água prestasse para fazer cuscuz!
Ele pretendia mudar de Achado para outro lugar e já ouvira muito falar em Caraíbas, lugar onde havia água em abundância, verdadeiros rios subterrâneos, minando facilmente. Acontece que nem só de água vive um Dourado, de cuscuz também, prato indispensável. A água para ser boa, tem de ser boa também para fazer o prato predileto dos Dourados: cuscuz!
Um dia, o dourado de Achado encontrou diversos habitantes de Caraíbas, naquele lugar. Entre eles Aurélio José Marques, Sabino Badaró e Hermógenes. Conversa vai, conversa vem, depois de muitos copos de café engolidos, junto com deliciosos pedaços de cuscuz, o Dourado, já na hora da despedida, decidiu pedir um grande favor aos amigos:
“Gente boa, eu tô precisano muito cunhecê a água de Caraíbas. Num é prá bebê não, pois sei que é muito salgada.”
“É para quê então, homem? “ - perguntou Aurélio.
“Prá fazer cuscuz! Se a água daquele lugar for boa prá cuscuz, lá irei morar eu, se Deus quiser, e a Virgem permitir!”
Dias depois foi procurado por um morador de Caraíbas, a mando de Aurélio. Levava o morador uma cabaça cheia da água de Caraíbas.
Todo satisfeito o dourado chamou a mulher e pediu-a para fazer um cuscuz. Nem aceitou a desculpa dela, dizendo que estava perto de meio dia e tinha de fazer a comida. Disse que se o cuscuz prestasse, almoçariam cuscuz mesmo. Afinal tem comida melhor que cuscuz, mulher?
Cuscuz feito, animação geral. A água de Caraíbas dava um cuscuz de primeiro mundo!
Por causa de um só Dourado, todos levam a fama de comedores de cuscuz.
Leia a outra versão, na parte II
(Fonte: livros do escritor Jackson Rubem: Irecê: História Casos e Lendas; Irecê, Um Pedaço Histórico da Bahia; Irecê, A Saga dos Imigrantes) e Brasileiros Pré-Cabralianos (Brazilians Before Cabral), publicado em Inglês e Português.
Comentários